São 20 pontos que Israel terá muita dificuldade em aceitar, e que vão desde um cessar-fogo prolongado, ao retorno dos reféns — vivos e mortos — até à paragem da construção dos colonatos na Cisjordânia. Este é uma parte do plano de Trump.
Israel tem uma visão mais rígida: desmilitarizar o Hamas, criar um corredor de segurança em Gaza, e pouca vontade de aceitar um cessar-fogo prolongado. Tem também grandes desconfianças de que a frágil Autoridade Palestiniana consiga governar a Faixa de Gaza sem interferências do Hamas, do Hezbollah e da Jihad Islâmica, que obedecem a Teerão.
O plano tem alguns pontos-chave, como a criação de uma força internacional — de países árabes — para vigiar a transição de poder para a Autoridade Palestiniana. Mas também inclui dois ou três pormenores difíceis de concretizar: assim que for acordado pelas partes, o Hamas terá 48 horas para entregar todos os reféns, mais a criação de uma entidade governativa em Gaza composta por tecnocratas palestinianos com apoio internacional, e uma saída gradual das forças israelitas.
Para encurralar o Hamas, este plano propõe ser aplicado em zonas já livres da sua presença, como forma de garantir que a população palestiniana sinta a diferença, com tudo assegurado pelos aliados. Em resumo, um plano difícil de concretizar, mas que revela indícios de que poderá vir a existir paz e bem-estar na Faixa de Gaza, a seu tempo.
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